CGU admite possível equívoco ao fazer denúncia sobre diretor da CBV
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CGU admite possível equívoco ao fazer denúncia sobre diretor da CBV


Órgão acredita que mudança de pagamentos do diretor de eventos Marcelo Wangler, de pessoa física para jurídica, possa ter induzido à conclusão de pagamento em dobro


Por
Rio de Janeiro

 
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A Controladoria-Geral da União (CGU) publicou uma nota oficial na última terça-feira na qual admite a possibilidade de ter se equivocado no item que apontava irregularidade nos pagamentos ao diretor de eventos da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), Marcelo Wangler. Em relatório publicado no começo de dezembro, a CGU listou uma série de supostas irregularidades na gestão do dinheiro público da entidade máxima do vôlei nacional. Logo após a divulgação do relatório da CGU, a CBV se manifestou para afirmar “veementemente que o diretor de eventos Marcelo Wangler recebe apenas uma remuneração mensal, paga através da pessoa jurídica MWangler Produções e Eventos Ltda”.

No comunicado enviado à imprensa, a Controladoria-Geral da União reconhece que o fato de ter havido uma transição nos pagamentos a Marcelo Wangler, de “pessoa física” para “pessoa jurídica”, pode ter influenciado na conclusão de que ele teria recebido duas vezes como funcionário da CBV. O órgão, porém, ressalta que é grave a contratação de funcionários como “pessoa jurídica”.

No caso do diretor de Eventos da CBV e também proprietário da empresa MWangler, é possível o argumento de que ele não teria recebido em dobro, uma vez que o diretor recebeu como funcionário regular da CBV pelos trabalhos prestados em setembro e parte do mês de outubro de 2013, sendo que, neste último mês, ele foi desligado do quadro de pessoal regular da entidade, passando a receber apenas como “Pessoa Jurídica”, pela empresa MWangler. A anotação do relatório da CGU (de que  o diretor ganha duas vezes: uma como funcionário da própria CBV e outra como PJ) levou em consideração o fato de que, no mês de outubro de 2013, o diretor de Eventos teve rendimentos recebidos como funcionário e também como ‘empresa’. Contudo, em função do cenário da transição entre as duas formas de contratação e remuneração, a CGU entende que o recebimento de duas fontes distintas em um mesmo mês pode, de fato, não ser um indício de irregularidade, de recebimento duplo por um único trabalho. Entretanto, a CGU reafirma a gravidade das contratações de dirigentes/funcionários como ‘Pessoa Jurídica’ (fenômeno conhecido como ‘Pejotização’)” - diz o comunicado sobre a questão da remuneração de Wangler. 

Ary Graça e Seleção de vôlei (Foto: Agência O Globo)
Seleção festeja título: bônus de performance 
não teriam sido repassados aos jogadores 
(Foto: Agência O Globo)


A CGU ainda reforça na mesma nota que não há equívoco na conclusão a respeito do pagamento de “bônus de performance” não repassados a atletas da seleção brasileira por parte da CBV.
“Não há equívoco na questão do Bônus de Performance. É importante ressaltar, inclusive, que a equipe de Auditoria da CGU adotou método bastante conservador para a mensuração do direcionamento de recursos, utilizando, até mesmo, a documentação encaminhada pela própria CBV ao Banco do Brasil”.

O relatório da CGU motivou a suspensão do patrocínio do Banco do Brasil à CBV, vigente desde 1991. Para tentar retomar a parceria, a CBV se comprometeu no dia 18 de dezembro do ano passado a implantar, em 90 dias, as sugestões contidas no relatório da CGU. Em seguida, em comunicado ao Banco do Brasil, a confederação se comprometeu a implantar outras exigências feitas pelo patrocinador. CBV e BB já se reuniram nesta semana para definir o aditivo ao contrato - válido até 2017 - e, assim que ele for assinado, os pagamentos serão retomados.


FONTE:
http://glo.bo/1BQYmC5



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