Fosse no clube, na seleção principal ou de base, Rubinho sempre esteve cercado de homens no trabalho. Passa dias, meses viajando pelo Brasil e pelo mundo em meio a um ambiente extremamente competitivo e, por muitas vezes, bruto. Quando tem folga, no entanto, o treinador muda completamente de ares e companhias. Casado há 20 anos e pai de três filhas, o técnico troca o esporte pelo teatro com as mulheres da família. Sorte de seus comandados, que experimentam uma versão mais "light" do treinador graças a esse equilíbrio encontrado em casa.
Hoje com 44 anos, Rubinho já trabalha há oito como auxiliar de Bernardinho na seleção adulta masculina, e antes trabalhou por uma década como assistente nas categorias de base. Sempre com homens. Agora diretor técnico do São Bernardo, ele não consegue se imaginar treinando uma equipe feminina. Mas se vê como uma pessoa melhor graças à relação com a esposa Rejane e suas herdeiras.
- Não existe nada melhor. No trabalho só tem homem o tempo todo, o dia inteiro. Ter filhas mulheres é muito bacana, é um mundo completamente diferente. Às vezes tenho atitudes que são muito típicas de quem trabalha com homem, e elas falam "Menos, pai". É muito engraçado. Eu acho que teria muita dificuldade de trabalhar com meninas no vôlei. Sou tranquilo, mas sou um pouco chato e às vezes posso ser sem tato. Mas acho que ser pai de meninas me humaniza mais e facilita a vida para eles (jogadores).
Como Giovanna, de 19 anos, Isabella, de 14, e Guilia, de 11, moram em São Paulo, são poucos os atletas que as conhecem. Mas nenhum se atreve a brincar com as filhas do chefe.
- Nem podem falar, né. Um deles que tem o meu Facebook e regula de idade com a mais velha falou que elas eram bonitas. Eu só olhei assim (de viés), ele já foi se consertando, que só disse que eram bonitas. Aí brinquei, falei que puxaram ao pai e mudei o assunto - contou, rindo.
Fim de semana sem vôlei é sinônimo de teatro
As três filhas de Rubinho são ligadas às artes e fazem teatro musical. Atualmente a primogênita está em cartaz com uma peça da Disney em São Paulo, e a do meio integra o elenco de uma novela infantil. Os compromissos da dupla são tão frequentes nos fins de semana que é raro todos da família conseguirem conciliar uma folga. Assim, o treinador se torna o espectador número 1 dos espetáculos encenados por suas meninas. Chega a assistir até dez vezes a mesma montagem.
- Como elas trabalham com isso, e eu com esporte, sempre temos o fim de semana muito envolvido. Então várias vezes ninguém tem final de semana. A melhor forma é assistir a peça e depois comer uma pizza. Eu gosto muito. É muito bacana eu voltar para casa e ter sempre alguma peça para assistir com elas participando. É um mundo completamente diferente do meu. É agradável até para sair da loucura de viagens da nossa vida, sempre envolvido com competição, competição. É uma coisa muito séria também, mas é relaxante.
Também envolvida com teatro, a caçula de Rubinho possui um perfil mais parecido com o pai.
Praticante de vôlei e handebol no colégio onde estuda, Giulia ainda está em tempo de seguir a carreira de atleta.
- Ela é a que mais se interessa por esporte. Tem um jeito bastante competitivo e pode vir a jogar, mas não vai ser muito alta. Nós não somos muito altos lá em casa. É a minha última esperança - brincou.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/volei/noticia/2013/10/cercado-de-homens-no-volei-rubinho-se-humaniza-com-tres-filhas-em-casa.html
Rubinho com a esposa Rejane e as três filhas: Giulia, Isabella e Giovanna
(esq. p/ dir.) (Arquivo Pessoal)
- Não existe nada melhor. No trabalho só tem homem o tempo todo, o dia inteiro. Ter filhas mulheres é muito bacana, é um mundo completamente diferente. Às vezes tenho atitudes que são muito típicas de quem trabalha com homem, e elas falam "Menos, pai". É muito engraçado. Eu acho que teria muita dificuldade de trabalhar com meninas no vôlei. Sou tranquilo, mas sou um pouco chato e às vezes posso ser sem tato. Mas acho que ser pai de meninas me humaniza mais e facilita a vida para eles (jogadores).
No clube, na seleção principal e na base, Rubinho
vive cercado de homens no vôlei (Foto: Divulgação )
vive cercado de homens no vôlei (Foto: Divulgação )
- Nem podem falar, né. Um deles que tem o meu Facebook e regula de idade com a mais velha falou que elas eram bonitas. Eu só olhei assim (de viés), ele já foi se consertando, que só disse que eram bonitas. Aí brinquei, falei que puxaram ao pai e mudei o assunto - contou, rindo.
Fim de semana sem vôlei é sinônimo de teatro
As três filhas de Rubinho são ligadas às artes e fazem teatro musical. Atualmente a primogênita está em cartaz com uma peça da Disney em São Paulo, e a do meio integra o elenco de uma novela infantil. Os compromissos da dupla são tão frequentes nos fins de semana que é raro todos da família conseguirem conciliar uma folga. Assim, o treinador se torna o espectador número 1 dos espetáculos encenados por suas meninas. Chega a assistir até dez vezes a mesma montagem.
- Como elas trabalham com isso, e eu com esporte, sempre temos o fim de semana muito envolvido. Então várias vezes ninguém tem final de semana. A melhor forma é assistir a peça e depois comer uma pizza. Eu gosto muito. É muito bacana eu voltar para casa e ter sempre alguma peça para assistir com elas participando. É um mundo completamente diferente do meu. É agradável até para sair da loucura de viagens da nossa vida, sempre envolvido com competição, competição. É uma coisa muito séria também, mas é relaxante.
As três filhas de Rubinho fazem teatro musical: técnico vai às peças várias vezes
(Foto: Arquivo Pessoal)
Praticante de vôlei e handebol no colégio onde estuda, Giulia ainda está em tempo de seguir a carreira de atleta.
- Ela é a que mais se interessa por esporte. Tem um jeito bastante competitivo e pode vir a jogar, mas não vai ser muito alta. Nós não somos muito altos lá em casa. É a minha última esperança - brincou.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/volei/noticia/2013/10/cercado-de-homens-no-volei-rubinho-se-humaniza-com-tres-filhas-em-casa.html