Nem sempre a vida de Jefferson foi debaixo das traves de um campo de futebol. Aos 13 anos de idade, o goleiro do Botafogo viveu um dilema. Decidiu abandonar as luvas e tentar a sorte como meia-atacante na Ferroviária de Assis. Ele chegou até a disputar um torneio de sua categoria em Foz do Iguaçu-PR, mas uma peneira do Cruzeiro o "salvou" na época, o levando de volta à posição onde se consagraria e conheceria seu maior mentor.
No Dia do Goleiro, Jefferson fez questão de relembrar a história que o fez um dos melhores do país em sua posição e candidato a uma vaga na Seleção Brasileira para a Copa do Mundo de 2014, quando 30 anos. Quem agradece é o Botafogo, que o terá em campo na decisão da Taça Rio, contra o Vasco, domingo, às 16h (de Brasília), no Engenhão.
- O Emerson Ávila (hoje técnico da Seleção Sub-15) estava procurando jogadores para um torneio promovido pelo Cruzeiro. Disseram que eu era goleiro e ele me chamou. Fui fazer o teste e fiquei. Um ano antes, tinha desistido e queria ser atacante. Nosso time ainda foi bem naquele torneio em Foz, com Grêmio e Internacional. Terminamos em quarto lugar - disse Jefferson.
Ao ser aceito pelo Cruzeiro, Jefferson recebeu a chance de trabalhar com Dida, que se transformaria em seu ídolo. Aos 16 anos, conversou pela primeira vez com o goleiro titular da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 2006, que havia sido reserva na conquista do pentacampeonato quatro anos antes. Frio e detalhista, logo o inspirou.
- Ainda tinha dúvida se seria ou não goleiro. Mas tive a chance de trabalhar com o Dida quando eu tinha 16 anos e ainda estava no juvenil. Ele conversou comigo e disse que eu tinha potencial, talento, para eu continuar trabalhando para estar pronto quando surgisse a chance. Goleiro é assim, precisa amadurecer muito, ser lapidado. Acho que nessa volta ao Botafogo me senti assim, mais experiente e pronto - comentou Jefferson, que já exaltara sua ligação com Dida antes.
Pênaltis no caminho
Assim como acontecia com o ex-goleiro de Cruzeiro, Corinthians e Milan-ITA, entre outros clubes, as defesas em cobranças de pênaltis estão sendo frequentes nesta temporada para Jefferson. Contra o Vasco, pegou, por exemplo, a de Juninho Pernambucano na vitória por 3 a 1 na fase de classificação da Taça Rio. Diante do Treze, classificou o Glorioso à fase seguinte da Copa do Brasil. Isso sem contar com a defesa da marca da cal pela Seleção, contra o México. Ele garante, porém, não ter grandes segredos.
- A gente entra preparado para isso, estudo bastante. Mas pela qualidade que os jogadores do Vasco, não há garantias de que eles repitam o local de uma cobrança. O Felipe bateu cruzado contra o Flamengo, mas pode mudar totalmente. Os goleiros observam antes, acompanham, mas também tomam a decisão na hora - disse Jefferson.
O sucesso do goleiro na temporada não vem sozinho. Ele fez questão de elogiar o sistema defensivo do Botafogo, que tem a defesa menos vazada do Campeonato Carioca.
- Acho que é uma das melhores defesas com a qual eu já joguei. Mas não é só o Antônio Carlos e o Fábio Ferreira. Tem o Lucas e o Márcio Azevedo, os atacantes que voltam e têm ajudado muito. É uma filosofia do Oswaldo que tem ajudado muito - comentou Jefferson.
Jefferson confessa que era atacante pouco antes de se profissionalizar (Foto: Alexandre Cassiano / O Globo)
- O Emerson Ávila (hoje técnico da Seleção Sub-15) estava procurando jogadores para um torneio promovido pelo Cruzeiro. Disseram que eu era goleiro e ele me chamou. Fui fazer o teste e fiquei. Um ano antes, tinha desistido e queria ser atacante. Nosso time ainda foi bem naquele torneio em Foz, com Grêmio e Internacional. Terminamos em quarto lugar - disse Jefferson.
Ao ser aceito pelo Cruzeiro, Jefferson recebeu a chance de trabalhar com Dida, que se transformaria em seu ídolo. Aos 16 anos, conversou pela primeira vez com o goleiro titular da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 2006, que havia sido reserva na conquista do pentacampeonato quatro anos antes. Frio e detalhista, logo o inspirou.
- Ainda tinha dúvida se seria ou não goleiro. Mas tive a chance de trabalhar com o Dida quando eu tinha 16 anos e ainda estava no juvenil. Ele conversou comigo e disse que eu tinha potencial, talento, para eu continuar trabalhando para estar pronto quando surgisse a chance. Goleiro é assim, precisa amadurecer muito, ser lapidado. Acho que nessa volta ao Botafogo me senti assim, mais experiente e pronto - comentou Jefferson, que já exaltara sua ligação com Dida antes.
Pênaltis no caminho
Assim como acontecia com o ex-goleiro de Cruzeiro, Corinthians e Milan-ITA, entre outros clubes, as defesas em cobranças de pênaltis estão sendo frequentes nesta temporada para Jefferson. Contra o Vasco, pegou, por exemplo, a de Juninho Pernambucano na vitória por 3 a 1 na fase de classificação da Taça Rio. Diante do Treze, classificou o Glorioso à fase seguinte da Copa do Brasil. Isso sem contar com a defesa da marca da cal pela Seleção, contra o México. Ele garante, porém, não ter grandes segredos.
O sucesso do goleiro na temporada não vem sozinho. Ele fez questão de elogiar o sistema defensivo do Botafogo, que tem a defesa menos vazada do Campeonato Carioca.
- Acho que é uma das melhores defesas com a qual eu já joguei. Mas não é só o Antônio Carlos e o Fábio Ferreira. Tem o Lucas e o Márcio Azevedo, os atacantes que voltam e têm ajudado muito. É uma filosofia do Oswaldo que tem ajudado muito - comentou Jefferson.