Voz tímida, aparelho nos dentes na parte inferior da boca e um olhar ingênuo de uma menina de 15 anos. Só que Bruna Takahashi não é qualquer garota de 15 anos. Ela entrou para a história do tênis de mesa brasileiro na última semana ao ser campeã mundial infantil, no Egito. Na volta ao Brasil, encarou uma "semana maluca", com entrevistas, treinos e provas na escola. Ainda um pouco acanhada em frente ao microfone, Bruna descreve como foram os últimos dias e confirma que, apesar de jovem, está em busca da vaga olímpica já para 2016, nos Jogos do Rio de Janeiro:
- É uma novidade. Está todo mundo falando comigo, eu não sei o que falar. No sábado, o pessoal me chamou para falar no palco no clube. Eu sei que tenho que falar, eu ganhei né? (risos). Meu objetivo é estar nas Olimpíadas do ano que vem, mas antes tem a semana de provas na escola (risos). É uma semana maluca, tem entrevista, treino e estudo - disse a jogadora.
Atualmente, Bruna é sexta colocada do ranking mundial sub-15, 18ª no sub-18, 50ª no sub-21 e 141ª na classificação adulta da Federação Internacional de Tênis de mesa (ITTF). Para as Olimpíadas de 2016, o Brasil terá direito a três vagas, já que o time está automaticamente classificado para o torneio por equipes. Atualmente, a jovem atleta é a terceira brasileira mais bem colocada no ranking adulto (Gui Lin é 135ª e Caroline Kumahara é 139ª). Bruna acredita na vaga, mas sabe que terá que conquistá-la jogando em alto nível:
- Minha Olimpíada pode ser essa (do ano que vem), mas eu tenho que estar jogando bem. Tenho que ganhar a pré-classificatória para conseguir uma vaga na classificatória e, aí sim, tentar a vaga olímpica. Quero estar em 2016, mas tenho que jogar para isso - disse.
Veja como está a corrida olímpica para o tênis de mesa
O caminho é longo até as Olimpíadas e começa ainda neste ano, com a pré-seletiva da seleção brasileira. No ano que vem, haverá um outro torneio, já mais enxuto, para que o técnico Hugo Hoyama defina a equipe para o pré-olímpico latino-americano, onde serão distribuídas seis vagas para as Olimpíadas. Como cada equipe é formada por três atletas, a composição se dará de duas possíveis maneiras. Caso duas brasileiras se classifiquem para o torneio individual, a Confederação poderá indicar uma terceira para a equipe; caso uma brasileira se classifique para o individual, a Confederação poderá indicar duas atletas para a equipe. Os jogadores indicados podem disputar apenas o torneio por equipes. A seleção feminina conquistou a inédita medalha de prata nos Jogos Pan-Americanos de Toronto, no Canadá, em julho. Na ocasião, o trio foi formado por Gui Lin, Caroline Kumahara e Ligia Silva.
A jogadora ainda divide a vida entre a raquete e o lápis. Está no primeiro ano do ensino médio e conta com a ajuda das amigas para conseguir passar de ano e aprender as matérias. Esta semana, por exemplo, é a de provas. Bruna garante que é boa aluna:
- Estou no primeiro colegial, sempre viajo, e as amigas me passam a matéria, aí tenho que estudar, copiar o caderno delas e fazer resumo. Aí eu faço prova. Essa semana, por exemplo, eu tenho prova todos os dias. Se ficar de recuperação vou ter que fazer tudo de novo e vai atrapalhar tudo - disse.
O Mundial do Egito foi a última competição infantil (até 15 anos) de Bruna. Agora, sua categoria é a juvenil, pela qual qual vai disputar o Campeonato Mundial ainda esse ano, contra atletas de até 18 anos. A competição tem início dia 27 de novembro em Vendeé, na França:
- Vai ser mais difícil, vai ter mais chinesas, mais gente, e vai ser difícil para mim. Mesmo assim, espero jogar bem. Estou acostumada a jogar com as meninas mais velhas - disse Bruna.
Viagens, treinos, competições, provas e estudos. O dia de Bruna parece ter mais de 24 horas, mas ainda há tempo para lazer. Quando consegue parar em casa e descansar, ela não abre mão de assistir a algumas séries de TV.
- O que eu gosto de fazer é assistir séries. Vejo "The Walking Dead" e agora estou assistindo também "Gossip Girl". É quando eu me desligo do esporte - disse.
- É uma novidade. Está todo mundo falando comigo, eu não sei o que falar. No sábado, o pessoal me chamou para falar no palco no clube. Eu sei que tenho que falar, eu ganhei né? (risos). Meu objetivo é estar nas Olimpíadas do ano que vem, mas antes tem a semana de provas na escola (risos). É uma semana maluca, tem entrevista, treino e estudo - disse a jogadora.
Bruna Takahashi conquistou um dos títulos
mais importantes da história do esporte
para o Brasil (Foto: Marcos Ribolli)
Bruna Takahashi treina em São Caetano
(Foto: Marcos Ribolli)
(Foto: Marcos Ribolli)
- Minha Olimpíada pode ser essa (do ano que vem), mas eu tenho que estar jogando bem. Tenho que ganhar a pré-classificatória para conseguir uma vaga na classificatória e, aí sim, tentar a vaga olímpica. Quero estar em 2016, mas tenho que jogar para isso - disse.
Veja como está a corrida olímpica para o tênis de mesa
O caminho é longo até as Olimpíadas e começa ainda neste ano, com a pré-seletiva da seleção brasileira. No ano que vem, haverá um outro torneio, já mais enxuto, para que o técnico Hugo Hoyama defina a equipe para o pré-olímpico latino-americano, onde serão distribuídas seis vagas para as Olimpíadas. Como cada equipe é formada por três atletas, a composição se dará de duas possíveis maneiras. Caso duas brasileiras se classifiquem para o torneio individual, a Confederação poderá indicar uma terceira para a equipe; caso uma brasileira se classifique para o individual, a Confederação poderá indicar duas atletas para a equipe. Os jogadores indicados podem disputar apenas o torneio por equipes. A seleção feminina conquistou a inédita medalha de prata nos Jogos Pan-Americanos de Toronto, no Canadá, em julho. Na ocasião, o trio foi formado por Gui Lin, Caroline Kumahara e Ligia Silva.
Bruna Takahashi entrou para a história com
título mundial (Foto: Marcos Ribolli)
A jogadora ainda divide a vida entre a raquete e o lápis. Está no primeiro ano do ensino médio e conta com a ajuda das amigas para conseguir passar de ano e aprender as matérias. Esta semana, por exemplo, é a de provas. Bruna garante que é boa aluna:
- Estou no primeiro colegial, sempre viajo, e as amigas me passam a matéria, aí tenho que estudar, copiar o caderno delas e fazer resumo. Aí eu faço prova. Essa semana, por exemplo, eu tenho prova todos os dias. Se ficar de recuperação vou ter que fazer tudo de novo e vai atrapalhar tudo - disse.
Bruna Takahashi usa concentração dentro
e fora da mesa para conciliar esporte e
estudo (Foto: Marcos Ribolli)
- Vai ser mais difícil, vai ter mais chinesas, mais gente, e vai ser difícil para mim. Mesmo assim, espero jogar bem. Estou acostumada a jogar com as meninas mais velhas - disse Bruna.
Viagens, treinos, competições, provas e estudos. O dia de Bruna parece ter mais de 24 horas, mas ainda há tempo para lazer. Quando consegue parar em casa e descansar, ela não abre mão de assistir a algumas séries de TV.
- O que eu gosto de fazer é assistir séries. Vejo "The Walking Dead" e agora estou assistindo também "Gossip Girl". É quando eu me desligo do esporte - disse.
Bruna Takahashi sonha com a classificação
para Rio 2016 (Foto: Marcos Ribolli)
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/tenis-de-mesa/noticia
/2015/11/campea-mundial-sub-15-se-divide-entre
-raquete-e-o-lapis-por-vaga-em-2016.html