A diretoria do Fluminense não ficou nem um pouco satisfeita com a atuação do trio de arbitragem na partida desta quarta-feira contra o Grêmio, na Arena, pela Libertadores. A principal reclamação carioca foi em cima do gol mal anulado de Rhayner no segundo tempo. Após a partida, o diretor executivo de futebol do clube, Rodrigo Caetano, não conseguiu esconder sua irritação com o caso e afirmou que houve uma pressão exagerada dos gremistas sobre o juiz após a expulsão do zagueiro Cris no fim da etapa inicial.
- Já fomos prejudicados na Libertadores quando fomos eliminados pelo Boca Junior no ano passado e todos vocês viram. E agora novamente acontece isso. Tudo o que rolou foi resultado da pressão no intervalo do jogo.
Questionado se o empate no Sul teria sido um bom resultado, Rodrigo foi categórico:
- Foi importante para o Grêmio. O Grêmio é que tem que comemorar. Tivemos um gol legítimo anulado, houve aqui uma pressão e lamentavelmente aconteceu o que aconteceu - disse o dirigente, que atribuiu a pressão sobre a arbitragem à comissão técnica e outras pessoas ligadas ao Grêmio.
Assim como Caetano, o vice-presidente de futebol do Flu, Sandro Lima, também reclamou muito da situação e lamentou o fato de o técnico Vanderlei Luxemburgo ter xingado jogadores do clube carioca no intervalo.
- A informação que temos é de que a diretoria do Grêmio fez uma pressão na arbitragem após o fim do primeiro tempo. O Vanderlei fez uma pressão também, xingou o árbitro e até nossos jogadores. Isso é triste e nos deixa chateados. É lamentável. Esses pontos podem fazer falta e muita coisa lá na frente. Não tenho muito o que falar. No segundo tempo o juiz inventeu muitas faltas. No lance do gol anulado a culpa foi do auxiliar. Reclamamos sempre da arbitragem brasileira e não é à toa. Temos que fazer críticas construtivas. Hoje o Fluminense foi prejudicado - disse Sandrão.
O dirigente não quis confirmar ainda se o clube fará uma reclamação formal à Conmebol e tratou de convocar a torcida do Fluminense para lotar São Januário e empurrar a equipe contra o Caracas no próximo dia 18. Um empate garante a classificação do time para as oitavas de final. Já a vitóra dá ao Tricolor a primeira posição do Grupo 8.
- Isso vamos conversar internamente e decidir de cabeça fria. O que chateia é o esse tipo de pressão da diretoria e do treinador. Quando jogamos no Engenhão, o árbitro fica do outro lado. E o Grêmio fez um estádio onde o árbitro fica do lado deles... É lamentável. Acho que o ideal seria um árbitro de outro país para apitar jogos entre clubes brasileiros. Que esse jogo sirva para mobilizar mais ainda. Jogamos sempre fora de casa mesmo no Rio. Que quinta-feira que vem os tricolores compareçam em massa em São Januário - disse.
Edinho não vê motivos para reclamações
Apesar da revolta dos dirigentes, o volante Edinho não viu na arbitragem motivo para reclamações. O jogador acredita que o jogo foi difícil para o juiz, que não teve atuação ruim.
- A arbitragem foi superdifícil hoje, com os jogadores catimbando um pouquinho. Mas no geral o árbitro foi bem.
A delegação retorna ao Rio na manhã desta quinta-feira e já treina à tarde nas Laranjeiras. O próximo compromisso será diante do Flamengo, no domingo, às 18h30m (de Brasília), em Volta Redonda, pela Taça Rio.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/fluminense/noticia/2013/04/rodrigo-caetano-se-revolta-com-arbitro-e-cita-pressao-no-intervalo.html