Novo encontro entre Atlético-MG e Botafogo, nova batalha cheia de gols. Melhor para os cariocas, que arrancaram o 2 a 2 na noite desta quarta-feira, no Independência, e avançaram às quartas de final da Copa do Brasil - na ida, no Maracanã, a vitória por 4 a 2 adiantara o serviço. Eliminar o rival, aliás, é uma sina do Glorioso, que teve êxito nos últimos cinco confrontos de mata-mata (três pela Copa do Brasil e dois pela Sul-Americana). O Galo esteve à frente do marcador duas vezes, com Marcos Rocha e Fernandinho, mas viu o visitante igualar o placar com Rafael Marques e Dória. Agora, o time de Oswaldo de Oliveira enfrenta o arquirrival Flamengo, que eliminou o Cruzeiro no Maracanã, por uma vaga nas semifinais. saiba mais - Confira os lances em tempo real
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O público pagante foi 16.048 para uma renda de R$ 680.605. O estádio viveu clima de decisão, e os torcedores lembraram a conquista da Libertadores, apesar da queda na Copa do Brasil, com gritos de "é campeão", reconhecendo o esforço do time. Sem Vitinho pela primeira vez, vendido ao CSKA, da Rússia, o Alvinegro sinalizou que pode ser competitivo. O goleiro Jefferson desabafou sobre o assunto logo após a classificação, obtida mesmo com o desfalque e a má atuação de Seedorf: - Não temos que provar nada para ninguém. Sai e entra jogador, e o Botafogo é o mesmo. Foi uma partida muito difícil, e todo o time está de parabéns. A maioria dos times que vieram jogar aqui na Libertadores tremeu, e nós não. Colocamos a bola no chão, tivemos tranquilidade, e por isso o bom resultado - analisou. Réver agradeceu o apoio, lamentou a má sorte e alguns supostos erros do árbitro. - A torcida fez a sua parte. O torcedor viu que não faltou vontade. Guerrilhamos até onde conseguimos, mas o resultado não veio. Agora é trabalhar e dar sequência no Brasileiro. Não podemos jogar toda a culpa da nossa eliminação em cima do árbitro. Se ele errou, faz parte. O árbitro também é ser humano e tem o direito de errar - ressaltou o zagueiro. A sequência do Atlético-MG no Brasileiro será contra o Goiás, que teve melhor sorte na Copa do Brasil e se classificou frente ao Fluminense. O jogo será às 18h30m de sábado. O Botafogo recebe o São Paulo no dia seguinte, no Maracanã, às 16h. Fernandinho e Seedorf em disputa: apesar da vaga, holandês foi mal (Foto: Washington Alves / VIPCOMM)
Pressão põe o Galo na frente Um Galo tipo Libertadores. A postura no início da partida relembrou o time ágil e envolvente no setor ofensivo e por pouco não complicou o adversário. Foram chances criadas em sequência, quase sempre via bola aérea, mas pararam no reflexo de Jefferson. O Botafogo, com mais posse de bola e menos erros de passe, aos poucos acalmou o adversário, mas sem muita participação de sua linha de frente. A bola chegava a Rafael Marques e Lodeiro, mas Seedorf não aparecia. Uma falta na entrada da área gerou muita reclamação dos atleticanos, que queriam Bolívar expulso, e alguma ansiedade na torcida. Ronaldinho bateu rasteiro, tentando repetir seu gol de 2011, e parou na barreira. Mas era muita pressão. Dez minutos depois, Fernandinho fez grande jogada, passou como quis por Rafael Marques e Edílson na direita e rolou para Marcos Rocha completar na área: 1 a 0. Jefferson, desta vez, ficou indeciso e vacilou. A vantagem levou empolgação para a arquibancada do Independência. Rafael Marques ganha abraço de Lodeiro após marcar seu gol (Foto: Pedro Vilela / Ag. Estado)
Riscos, gols e vaga do Bota A festa, no entanto, foi interrompida. Depois de bela arrancada de Julio Cesar, Alex concluiu mal, mas acertou uma assistência para Rafael Marques, que, implacável, fez seu 16º gol na temporada e o quinto na Copa do Brasil, tornando-se artilheiro. A partir daí, o jogo ficou aberto de vez. Um grande jogo, diga-se, recheado de riscos e alternativas, como nas outras duas vezes em que Atlético-MG e Botafogo se encontraram recentemente. Num cochilo de Seedorf, Tardelli roubou-lhe a bola, deu um drible da vaca em Dória e deixouFernandinho na boa para deixar os mandantes de novo em vantagem, aos 11 da etapa final. Faltava um golzinho para avançar, mais uma vez. E tempo de sobra. Eficiente, lá foi o Botafogo calar a torcida e mostrar que não entregaria a vaga facilmente. Dória aproveitou-se de bate-rebate na área após cabeçada sua e colocou 2 a 2 no placar. O Galo não abdicou de lutar, mas agora agredia de forma desordenada e sofria com contragolpes do Botafogo, que teve boas chances nos minutos finais. Cuca e Oswaldo de Oliveira fizeram alterações até os acréscimos, quando Réver isolou uma bola incrível.