Partida foi disputada no Caio Martins, em Niterói (Foto: Bruno Haddad / Fluminense F.C)
- Não fizemos a melhor partida, mas jogamos com o regulamento debaixo do braço. Mais uma partida sem tomar gol, levamos apenas sete na Taça Rio.
Seria injustiça levar um gol no fim. Temos de exaltar o trabalho feito na base - festejou o técnico alvinegro Mauricio Souza.
O Tricolor, vencedor da Taça Guanabara e finalista vencido pelo Alvinegro na Taça Rio, não tinha escolha e precisava atacar em busca dos gols que pudessem mudar o destino do troféu dos juniores. Mesmo assim, erros de passe e poucas finalizações acertadas juntaram-se ao forte calor e ao gramado ruim como empecilhos para os visitantes. Mérito também, claro, ao sistema defensivo botafoguense.
A zaga formada por Rabello e Baiano segurou bem as investidas rivais durante toda a partida. O Flu, que voltou com um atacante no lugar de um volante após o intervalo, não traduziu a superioridade em gols. O goleiro Marcos Felipe não fez sequer uma defesa difícil, mas era o necessário ao Botafogo, que construiu a vantagem no jogo de ida e pôde comemorar a conquista.
Garotada do Botafogo dá a volta
olímpica em Caio Martins
(Foto: Satiro Sodré / Botafogo)
Primeiro tempo sem trabalho aos goleiros
O jogo teve início após um minuto de silêncio em homenagem ao ídolo tricolor Assis, falecido na manhã deste domingo. Precisando da vitória, o Fluminense começou controlando as ações e marcando sob pressão. Com maior posse de bola, porém, os tricolores esbarravam em um sistema defensivo bem postado pelo lado do Botafogo. Nos primeiros dez minutos, apenas uma finalização para cada lado, mas nada que levasse perigo aos goleiros.
Marcos Felipe e Saulo, aliás, não sujaram seus uniformes. Quando chegavam perto do gol, os jogadores dos dois times pecavam muito nas finalizações.
Com o gramado ruim, o primeiro tempo também teve um alto número de passes errados. Apesar de sair menos para o jogo, as melhores chances foram dos donos da casa. Aos 18 minutos, Paulo recebeu na entrada da área mas bateu cruzado para fora, levantando a torcida alvinegra. Perto do fim, Vinicius Tanque recebeu ótimo lançamento, mas vacilou e desperdiçou a oportunidade.
Bota segura pressão e ainda tem gol anulado no fim
Botafogo conseguiu segurar a pressão do Flu (Foto: Bruno Haddad / Fluminense F.C)
E a pressão dos visitantes, que conseguiam encaixar melhor os passes, seguiu durante grande parte do tempo. Aos 7, Olivera parou em ótima defesa de Saulo, cara a cara. O camisa 1 alvinegro fez outras boas intervenções na sequência. Com raras jogadas no seu campo ofensivo, o Botafogo resolveu mudar logo aos 8. Maurício Souza lançou Andrade no lugar de Paulo.
E o Fluminense foi ainda mais para cima. Depois de Gerson entrar na vaga de Olivera, o lateral-direito Breno deixou o jogo para a entrada de Lucas Fernandes, mais uma peça ofensiva. Ações que geraram resposta do outro lado: o meia Rafael saiu para Diego dar mais poder de marcação.
Mas o placar seguiu sem movimentação. Cansado, o Fluminense reduziu as chegadas perigosas, mas permaneceu no campo de ataque. Pablo Dyego, em chute cruzado, teve a melhor delas. O Botafogo só subiu na boa, mas a bola não chegava até Vinicius Tanque. A blitz tricolor seguia, mas o gol anulado que agitou o fim de partida foi alvinegro. Fernandes cabeceou para o fundo da rede após rebote, mas em posição irregular. Daí para frente, gritos de “é campeão” começaram a ecoar e a torcida dona de casa apenas esperou o apito final para seguir a festa.
Escalações:
Botafogo: Saulo, Erick, Rabello, Baiano e Jean; Dierson, Leandrinho, Paulo (Andrade) e Rafael (Diego); André (Fernandes) e Vinicius Tanque
Técnico: Maurício de Souza
Fluminense: Marcos Felipe, Breno (Lucas Fernandes), Marlon, Nogueira e Leonardo; Marlon Freitas (Euller), Luiz Fernando, Pablo Dyego e Gustavo Scarpa; Olivera (Gerson) e Gabriel Vasconcelos
Técnico: Marcelo Veiga
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/rj/futebol/campeonato-carioca/noticia/2014/07/botafogo-segura-empate-sem-gols-contra-o-flu-e-conquista-o-carioca-sub-20.html