A rixa entre alguns clubes e a CBB (Confederação Brasileira de Basquete) deixou o técnico da seleção brasileira feminina de basquete, Antônio Carlos Barbosa, sem mais de metade do time que pretendia contar para o evento-teste das Olimpíadas, que será realizado de sexta-feira até domingo, no Rio de Janeiro. Apesar disso, o treinador não quer se intrometer diretamente para tentar resolver o problema e descartou conversar sobre o assunto com as sete atletas que pediram dispensa da convocação. Ele não quer deixá-las em situação desconfortável com os clubes e garante que elas terão novas oportunidades em breve.
- Não, eu não vou conversar com elas porque vai parecer assédio. Algumas dessas meninas iniciaram no basquete comigo, na seleção, outras eu acompanhei o início delas, outras já jogaram comigo, então eu acho que a minha entrada nisso pode ser mal interpretada. Eu não quero constrangê-las. Com os clubes eu acabo conversando, mas de uma maneira bem descompromissada, porque eu vou assistir a alguns jogos e consequentemente vou ter contato com os clubes. Mas eu acho que para as Olimpíadas a situação é outra, com certeza todas irão. De qualquer forma, nem eu e nem a CBB temos a intenção de manter uma animosidade com os clubes, porque os clubes são a razão de ser do basquete, são a razão de ser da seleção. A CBB está aqui para gerenciar, para formar uma seleção, fazer um bom trabalho. E para que através da seleção os clubes tenham visibilidade, para que através da seleção possamos atrair patrocinadores, então essa é a nossa preocupação no momento - afirmou Barbosa, após a vitória com facilidade do Brasil sobre a Argentina, em amistoso nesta terça-feira, no Rio.
O boicote promovido por um colegiado formado por quatro clubes (Corinthians/Americana, América-PE, Santo André e Presidente Venceslau) fez com que as atletas Gilmara Justino, Joice Rodrigues, Jaqueline Silvestre, Tássia Carcavalli, Adrianinha, Tainá Paixão e Tatiante Nascimento enviassem uma carta de dispensa alegando problemas pessoais.
Barbosa classificou como "radical" a atitude dos clubes e lamentou não poder contar com algumas das principais jogadoras do país neste início de preparação para os Jogos Olímpicos de 2016. Apesar da situação, o treinador reiterou que essas atletas não sofrerão qualquer tipo de retaliação da CBB e deixou claro que elas terão novas chances em futuras convocações.
- Quero deixar bem claro uma coisa, ninguém não veio porque quis, elas praticamente tiveram que cumprir o contrato delas com quem as paga. Aquelas que não puderam comparecer, com certeza terão nova oportunidade. Nós vamos observar todas as jogadoras e fazer uma nova convocação para as Olimpíadas. Lógico que para um evento-teste desse, o ideal seria que nós tivéssemos todas as melhores jogadoras, mas infelizmente houve algumas atitudes radicais em que os interesses se sobrepuseram aos interesses do basquete - afirmou.
Enquanto algumas peças importantes estão fora da seleção, outras jogadoras mais jovens aproveitam para ganhar espaço e mostrar serviço. Mesmo garantindo que ninguém será prejudicada e que o trabalho para as Olimpíadas não está sendo atrapalhado, Antônio Carlos Barbosa faz um alerta.
- Não vou dizer que o time perde muito porque eu estaria sendo muito extremista e valorizando muito a ausência. Não perde porque nós vamos ter um período de treinamento a partir de maio, teremos cinco meses de trabalho, e aqui estamos ainda em janeiro. Claro que perde na medida em que abriu espaço para outras jogadoras estarem aqui. É aquela história: "Não falte o seu trabalho para o patrão não sentir a sua falta". Então, fica aí a interrogação - disse o técnico da seleção feminina.
Nesta quarta-feira, as meninas do Brasil voltam à quadra, dessa vez na Arena Carioca 1, palco do basquete nos Jogos Olímpicos do Rio, para mais um amistoso, contra a Austrália, às 16h30. O evento-teste de basquete acontece de sexta a domingo no mesmo local e contará com as presenças das seleções do Brasil, Argentina, Venezuela e Austrália.
- Não, eu não vou conversar com elas porque vai parecer assédio. Algumas dessas meninas iniciaram no basquete comigo, na seleção, outras eu acompanhei o início delas, outras já jogaram comigo, então eu acho que a minha entrada nisso pode ser mal interpretada. Eu não quero constrangê-las. Com os clubes eu acabo conversando, mas de uma maneira bem descompromissada, porque eu vou assistir a alguns jogos e consequentemente vou ter contato com os clubes. Mas eu acho que para as Olimpíadas a situação é outra, com certeza todas irão. De qualquer forma, nem eu e nem a CBB temos a intenção de manter uma animosidade com os clubes, porque os clubes são a razão de ser do basquete, são a razão de ser da seleção. A CBB está aqui para gerenciar, para formar uma seleção, fazer um bom trabalho. E para que através da seleção os clubes tenham visibilidade, para que através da seleção possamos atrair patrocinadores, então essa é a nossa preocupação no momento - afirmou Barbosa, após a vitória com facilidade do Brasil sobre a Argentina, em amistoso nesta terça-feira, no Rio.
Seleção brasileira de basquete feminino
venceu Argentina com facilidade (Foto:
Roberta Rodrigues/CBB)
Barbosa classificou como "radical" a atitude dos clubes e lamentou não poder contar com algumas das principais jogadoras do país neste início de preparação para os Jogos Olímpicos de 2016. Apesar da situação, o treinador reiterou que essas atletas não sofrerão qualquer tipo de retaliação da CBB e deixou claro que elas terão novas chances em futuras convocações.
Antônio Carlos Barbosa, técnico da seleção feminina de basquete (Foto: Divulgação/CBB)
Enquanto algumas peças importantes estão fora da seleção, outras jogadoras mais jovens aproveitam para ganhar espaço e mostrar serviço. Mesmo garantindo que ninguém será prejudicada e que o trabalho para as Olimpíadas não está sendo atrapalhado, Antônio Carlos Barbosa faz um alerta.
- Não vou dizer que o time perde muito porque eu estaria sendo muito extremista e valorizando muito a ausência. Não perde porque nós vamos ter um período de treinamento a partir de maio, teremos cinco meses de trabalho, e aqui estamos ainda em janeiro. Claro que perde na medida em que abriu espaço para outras jogadoras estarem aqui. É aquela história: "Não falte o seu trabalho para o patrão não sentir a sua falta". Então, fica aí a interrogação - disse o técnico da seleção feminina.
Nesta quarta-feira, as meninas do Brasil voltam à quadra, dessa vez na Arena Carioca 1, palco do basquete nos Jogos Olímpicos do Rio, para mais um amistoso, contra a Austrália, às 16h30. O evento-teste de basquete acontece de sexta a domingo no mesmo local e contará com as presenças das seleções do Brasil, Argentina, Venezuela e Austrália.
Delegação da seleção brasileira feminina de
basquete após vitória sobre Argentina
(Foto: Tiago Leme)
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/basquete/noticia
/2016/01/barbosa-descarta-conversa-com-quem
-pediu-dispensa-vai-parecer-assedio.html