- Pra mim seria uma felicidade imensa (ser o artilheiro). É um torneio de tiro curto, e tem que aproveitar as oportunidades que tiver, porque os concorrentes são de peso. Mas o negócio é fazer o meu trabalho quietinho. Se a bola sobrar, vou estar concentrado para fazer, e só depois pensar nos prêmios individuais. Mas sempre sobrou uma bolinha, né, vamos esperar que sempre sobre. Não é agora que vai falhar (risos). As coisas foram muito bem para o meu lado esse ano. Tive oportunidade de ganhar esses prêmios individuais, mas ressaltando sempre o grupo, pois sem os companheiros eu não teria vencido nada. Fico feliz pela temporada e por, no meu primeiro ano de China, ter conquistado isso. Dá uma confiança para mim nesse Mundial, que é um sonho. Espero fazer um grande torneio - disse ao GloboEsporte.com.

Ricardo Goulart no momento do troféu erguido:
festa do Guangzhou Evergrande na Champions
da Ásia (Foto: Sina.com)
Mas a concorrência de Ricardo não está somente em Messi, Neymar e Suárez, ou em Oribe Peralta, do América, ou Rodrigo Mora, do River Plate. Dentro do próprio Guangzhou, a disputa por um lugar no ataque é forte, com quatro brasileiros disputando três (ou até duas) vagas: Elkeson, Alan e Robinho, além do próprio Goulart. Um bom problema a ser resolvido pelo técnico Luiz Felipe Scolari, que ainda tem Paulinho entre as opções brasucas do time.
- O Felipão teve uma dor de cabeça, aí né, mas acho que já está com uma equipe formada. Nós cinco respeitamos bastante qualquer decisão. Ele conta com cinco jogadores pra ajudar e tem que escolher só três ou quatro. Mas tenho certeza que quem ficar de fora vai dar força também, para a gente fazer um grande torneio. Se perder, perdem todos. Se ganhar, ganham todos. Agora não tem esse lance de vaidade.

- Temos time para isso (vencer o América), para fazer um grande jogo. O América é uma grande equipe. Sem dúvida, tem jogadores de muita qualidade, experiência. A gente enfrenta equipes de outro nível, então tem que se preparar bem, porque não é o Campeonato Chinês. Tem que estudar bem. Mas temos chance, sim. Sabe como é futebol. Quem tiver mais concentrado, equilibrado, sai com a vitória - afirmou Goulart.
Debutando em Mundiais depois de jogar duas Taças Libertadores - com Cruzeiro e Internacional -, Ricardo Goulart confessa que era difícil imaginar que sua estreia na importante competição ocorreria defendendo uma equipe da China. Entretanto, agora pensa em utilizar a oportunidade de tão grande vitrine para chamar a atenção dos brasileiros, principalmente Dunga e sua comissão técnica.
- O futebol é globalizado, todo mundo tem informação. Quando o Tardelli foi para a Seleção, já jogava na China. Se fosse para eu ir antes (de ir para o Guangzhou), acho que teria ido. Hoje terei essa visibilidade para ajudar no Mundial. Vou fazer o meu papel, que sempre venho fazendo, mas sei que não é só de hoje que o pessoal está me acompanhando. Vou aproveitar a oportunidade de que estarão transmitindo ao vivo e fazer o que fiz a temporada todo. Se for para a Seleção, vou muito feliz e muito honrado.

Brasileiros do Guangzhou Evergrande no
embarque para o Japão (Foto:
Reprodução / Instagram)
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/mundial
-de-clubes/noticia/2015/12/artilheiro-quietinho
-na-asia-ricardo-goulart-sonha-repetir-dose-no
-mundial.html