No G1:
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'Cartas marcadas'
Na entrevista, o ministro [da Justiça, Eugênio Aaragão] classificou como "de cartas marcadas" o processo de impeachment em tramitação no Senado. Ele afirmou que o relator escolhido pela comissão especial do impeachment, senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) é "suspeito".
"Quando você tem um relator, que ele mesmo praticou as chamadas Pedaladas enquanto governador do Estado de Minas, julgando as chamadas 'pedaladas' ou, vamos dizer, as notícias de 'pedaladas' que são atribuídas à presidenta da República, fica realmente muito complicado a gente fazer qualquer tipo de avaliação sobre um procedimento desse. Ele não transparece ser muito legítimo quando a gente tem um relator suspeito, né?", afirmou.
Para Aragão, assim como já afirmou a própria Dilma Rousseff, o vice Michel Temer é quem está "à frente de todo esse processo de golpear nossa presidente".
"Ao que tudo indica, é um jogo de cartas marcadas. O que menos interessa neste momento parece ser o argumento, o argumento racional. O que mais interessa agora parece ser tirar a presidenta do lugar em que ela foi colocada pelo voto dos brasileiros. Aliás, é muito curioso porque o próprio vice-presidente, que está à frente de todo esse processo de golpear nossa presidente, ele já está, através de terceiros, anunciando seu ministério", afirmou.