O estilo diferente de jogo preocupava. Para não ter surpresas contra a Coreia do Sul, a receita a ser seguida incluía atenção no bloqueio e no saque, com uma boa dose de paciência, lucidez e comunicação. Quando um dos ingredientes faltou, os "baixinhos" da equipe asiática se agigantaram e fizeram o que até então nenhum outro adversário havia conseguido no Mundial da Polônia: roubar uma parcial do Brasil. Uma só não. Dois. Neste sábado, na Spodek Arena, com boa parte dos jogadores reservas em ação, a seleção passou sufoco, mas venceu o confronto por 3 sets a 2, parciais de 21/25, 25/13, 25/21, 17/25 e 15/13.
Com o resultado, garantiu por antecipação o primeiro lugar do Grupo B na próxima fase. O próximo compromisso será contra Cuba, neste domingo, às 15h15 (de Brasília) com transmissão do SporTV e cobertura em Tempo Real no GloboEsporte.com. Os assinantes também podem acompanhar todos os lances pelo SporTV Play.
Com reservas, Brasil passa sufoco, mas
consegue a vitória sobre a Coreia
do Sul (Foto: Divulgação / FIVB)
O jogo
Da formação titular, apenas Murilo, Sidão e Mário Jr. Já classificado para a próxima fase, Bernardinho dava rodagem aos seus reservas. Com o conhecimento de quem atuou por dois meses desta temporada no vôlei do país, Leandro Vissotto saía jogando. Mas era o time de dois de seus ex-companheiros de Suwon Kepco 45 que dominava as ações. Variavam bem o saque e passavam sem muitos problemas pelo bloqueio brasileiro (19/15). Bernardinho pedia mais atenção ao fundamento, a seleção encostava (20/19), mas não conseguia a virada. Os adversários mantinham a tranquilidade. Desperdiçaram a primeira oportunidade de fechar o set com um saque para fora. Mas na segunda, não perdoaram: 25/21.
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Quando tudo parecia estar sob controle, com quatro pontos de frente, os sul-coreanos ressurgiam. Faziam boas defesas e abriam 8/7. Comemoravam muito depois de conseguirem parar um ataque de Vissotto. Era preciso dar um freio. Bernardinho pedia tempo. A resposta vinha com Murilo (16/15), mas a vantagem logo se perderia. Dois erros no ataque e outro na recepção, e lá estavam os adversários de novo no comando. Éder ajudava o Brasil a colocar ordem na casa e a seleção colocava mais um set no bolso: 25/21.
Os sul-coreanos forçavam o saque e voltavam a dar trabalho. Quebravam o passe brasileiro e construíam uma frente confortável (17/9). Bernardinho balançava a cabeça e não escondia sua irritação. Sidão fez o placar andar depois de bons minutos parado no nono ponto. Mas a Coreia do Sul sobrava em quadra e provocava o tie-break: 25/17.
Coreanos dão trabalho, levam disputa
para o tie-break, mas perdem no fim
(Foto: Divulgação / FIVB)
O time que só tinha na campanha um triunfo sobre a Tunísia, deixava claro que queria surpreender os tricampeões mundiais. Wallace que não havia entrado até então, saía do banco para substituir Vissotto. Até ali, o oposto tinha sido responsável por 22 pontos. O jogo seguia equilibrado. A Coreia do Sul fugia. O Brasil buscava e garantia a virada com um bloqueio de Éder (11/10). Um ataque para fora e a seleção respirava aliviada. O fim da partida ficava tenso com o novo empate (12/12). Rapha chamava Éder pelo meio. Bola no chão. Os rivais respondiam. Éder insistia e num bloqueio o Brasil assegurava a sofrida vitória.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/volei/noticia/2014/09/apos-susto-brasil-vence-coreia-do-sul-no-tie-break-e-segue-invicto.html