Antes do reencontro, Tata Martino admite: ''Não queria pegar o Paraguai''
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Antes do reencontro, Tata Martino admite: ''Não queria pegar o Paraguai''


Comandante argentino treinou a Albirroja por cinco anos e disse que cresceu como técnico na seleção que terá de eliminar para chegar à final: ''Muitos sentimentos''



Por
Concepción, Chile

 
gerardo martino biglia argentina (Foto: Edgard Maciel de Sá)Martino ao lado de Biglia: técnico volta a encontrar o Paraguai (Foto: Edgard Maciel de Sá)


A semifinal da próxima terça-feira contra o Paraguai trará sentimentos distintos ao técnico Gerardo Martino. Por um lado, o desejo de chegar à sonhada decisão da Copa América. Do outro, a necessidade de duelar - e supostamente eliminar - uma seleção que lhe traz ótimas recordações. Tata comandou a Albirroja por quase cinco anos. Levou o país à sua melhor campanha em uma Copa do Mundo, as quartas de final na África do Sul em 2010. Cresceu como treinador no agora rival. E admite: não queria o reencontro.

Argentina e Paraguai já se enfrentaram na estreia da Copa América. Um jogo de dois tempos bem diferentes. No primeiro tempo, domínio total dos hermanos e 2 a 0 no placar. Na segunda etapa, as mudanças táticas de Ramón Díaz levaram o Paraguai ao empate. Martino, aliás, trabalhou com grande parte dos jogadores e membros da comissão técnica entre 2007 e 2011.

- Não queria pegar o Paraguai. São muitas coisas em comum, muitos sentimentos, várias coisas juntas. Foi um processo longo, duas Copas Américas, um Mundial, uma relação antiga com vários jogadores. Muitos deles foram treinados por mim. Os ajudei a crescer como jogadores e eles me ajudaram a crescer como treinador. Tiveram uma grande influência em tudo o que acontece na minha carreira depois da passagem pelo Paraguai - lembrou Tata na entrevista coletiva desta segunda-feira, já no Estádio Ester Roa, em Concepción.

O treinador não teve como fugi dos questionamentos sobre o primeiro jogo entre as duas equipes, justamente na estreia do Grupo B. E foi direto: a Argentina não vai poder perder tantas chances de matar o jogo na semifinal.

Não queria pegar o Paraguai. São muitas coisas em comum, muitos sentimentos, várias coisas juntas.
Tata Martino

- Quando tivermos a chance de matar o jogo, termos que fazer. Jogadores de futebol normalmente têm muito amor próprio. Os do Paraguai têm ainda mais. O amor pela camisa é muito grande. E a cada fase que eles ultrapassam na competição, isso aumenta. Vão lutar sempre até o último minuto. Por isso temos que aproveitar os bons momentos e tratar de definir a partida - frisou.

Argentina e Paraguai se enfrentam nesta terça-feira, às 20h30 (de Brasília), no Estádio Ester Roa, em Concepción, pela semifinal da Copa América 2015.


Confira mais trechos da entrevista:

Sandro Meira Ricci
Nunca falei individualmente sobre árbitro algum. Mesmo depois do jogo contra a Colômbia, que vi lances como um rival que poderia ter sido expulso três vezes e não foi. Quando falei de arbitragem, foquei mais nas simulações. Em linha geral mesmo. Não me dirigi a um árbitro específico. Não tenho nada a falar do Ricci. O que aconteceu em Chile x Uruguai é problema da Conmebol e de quem escala os árbitros. Já falei que acho vergonhoso o que fizeram com o Cavani. Não tenho mais nada a dizer.

Quatro técnicos argentinos na semifinal
É uma questão de números. Éramos seis, tínhamos mais chances (risos). É difícil dirigir a Argentina em todos os pontos de vista. É mais do que armar uma boa equipe e tratar de ganhar. Os quatro técnicos argentinos estão em situações diferentes. Há gente com processo largo, incluindo Mundial, outros começando. Claro que para o futebol argentino é algo muito bom. Tenho orgulho de fazer parte disso.

Messi, desabafo por poucos gols
O vejo muito bem. Está claro que temos um problema de finalização das jogadas. Tivemos isso no segundo tempo contra o Paraguai, menos contra o Uruguai, muito contra Jamaica e Colômbia. É o nosso déficit hoje. Mascherano disse outro dia achar que é mais casualidade do que qualquer outra coisa. Quando você vê os jogadores que temos, a quantidade de gols que fizeram na temporada, as últimas partidas, os gols perdidos... É provável que seja casualidade mesmo. Sempre há a expectativa de reverter isso no próximo jogo.


FONTE:
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