- rojões como armas
- entrada facilitada?
- alvo são as organizadas
- a busca
- a invasão
O DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) realiza desde às 4h desta quinta-feira a "Operação Hooligans", em cumprimento a cinco mandados de prisão e outros seis de busca e apreensão contra torcedores que invadiram o centro de treinamento do Corinthians no dia 1º de fevereiro. O pedido de investigação foi feito pelo presidente do clube, Mário Gobbi, que é delegado licenciado.
Tiago Aurélio, na época da prisão em Oruro
(Foto: Diego Ribeiro)
(Foto: Diego Ribeiro)
Alguns dos que tiveram prisão decretada já têm passagem pela polícia por crime de "intolerância esportiva" - Elisabete Sato, diretora do DHPP, não precisou quantos.
Sato também não quis confirmar a identidade de Tiago Aurélio para "não atrapalhar nas investigações". Mas o advogado da Gaviões admitiu que é ele um dos foragidos.
rojões como armas
- Eles estavam insatisfeitos com a atuação os jogadores, por isso decidiram fazer o protesto. Um deles (Gabriel, que é da torcida Pavilhão Nove) disse que entrou tranquilamente pela porta da frente - relatou Elisabete Sato, do DHPP.
entrada facilitada?
- As câmeras só mostram o momento da invasão, nada de roubo, agressão - disse Margarete Barreto, delegada do Decradi.
Tiago Aurélio, no desembarque em Cumbica,
após sete meses em Oruro (Foto: Marcos Ribolli)
após sete meses em Oruro (Foto: Marcos Ribolli)
A investigação segue em curso. A polícia quer ouvir o atacante Paolo Guerrero, que foi agredido por um dos invasores.
- A investigação ainda não acabou, se conseguirmos identificar mais torcedores serão expedidos mais mandados de prisão - disse Elisabete Sato.
A Operação Hooligans conta com 90 policiais do DHPP e ainda está em andamento. Assim, novos suspeitos poderão ser presos ao longo do dia.
Tiago Aurélio e outros 11 torcedores ficaram presos na Penitenciária de Oruro por sete meses, acusados da morte de Kevin Espada, atingido por um sinalizador marítimo. Eles alegaram inocência e foram libertados após o fim da investigação. No Brasil, um torcedor menor de idade na época (17 anos) assumiu a culpa do disparo. Em entrevista ao GloboEsporte.com, os pais de Kevin reclamaram do descaso. Já o menor, que assumiu a autoria do disparo do rojão, deixou a torcida organizada e arranjou um emprego.
Diretora do DHPP, Elisabete Sato, e delegada
Margarete Barreto, do Decradi, em coletiva
(Foto: Diogo Venturelli)
alvo são as organizadas
- Foram 13 delegados e 85 policiais civis nesta operação, que teve 11 mandados de busca e cinco de prisão, sendo que dois já foram presos e ainda houve uma prisão em flagrante (de um homem por porte ilegal de arma e de drogas). O alvo foram as organizadas, ou seja, as sedes da Gaviões da Fiel, da Pavilhão Nove e da Camisa 12 - explicou Margarete Barreto, delegada responsável pela investigação.
- Estamos trabalhando na identificação de outros envolvidos e na busca de mais três que já foram identificados. Esperamos que o Judiciário olhe com rigor nossa atitude. Estamos empenhados para que os responsáveis sejam punidos rigorosamente - emendou a delegada.
Margarete Barreto confirmou também que investiga o motivo de algumas câmeras de monitoramento do CT do Corinthians terem supostamente falhado durante a invasão. A hipótese de que alguém do clube tentou acobertar a invasão não está descartada.
- A gente está investigando isso, para ver se houve apenas um problema no sistema ou se foi algo intencional para omitir a identidade desses invasores.
a busca
Durante as buscas, 13 torcedores acabaram detidos para averiguação. Três deles foram presos. Dois pela invasão e um deles em flagrante, portando de maneira ilegal um revólver calibre 38, maconha e explosivo. Três estão foragidos - incluindo aí Tiago Aurélio, um dos 12 presos acusados pela morte de Kevin Espada, há um ano, em Oruro. Os dois já presos pela invasão e os três foragidos são acusados de formação de quadrilha, roubo, lesão corporal e ameaça. Com a prisão preventiva decretada, eles ficarão no DHPP pelo próximos cinco dias.
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A ação começou por volta das 4h30. Dez corintianos foram detidos na quadra da Camisa 12, sendo um preso por porte ilegal de arma. Na Pavilhão 9, mais um foi conduzido ao distrito policial. Por fim, na Gaviões da Fiel, a maior torcida organizada do clube, os policiais detiveram mais duas pessoas e apreenderam uma quantia de 3,3 mil dólares (equivalente a R$ 7,2 mil) em dinheiro. Os nomes dos detidos e dos presos ainda não foram divulgados. Todos foram levados ao DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) no centro da cidade. Computadores e documentos também foram capturados.
Torcedor do Corinthians é detido pela polícia na
manhã desta quinta-feira (Foto: Hélio
Torchi / Agência Estado)
a invasão
Membros da diretoria do clube alvinegro ainda tentaram conversar com alguns líderes das uniformizadas, mas não houve muito papo. Os corintianos que ali estavam queriam bagunça. E conseguiram. Três celulares foram roubados, sendo um deles do meio-campista Luiz Ramirez. Os jogadores precisaram se esconder em quartos do alojamento e em outras salas. O atacante Paolo Guerrero e o médico Joaquim Grava, que dá nome ao centro de treinamento, foram agredidos pelos invasores. Mais cinco funcionários também sofreram agressões.
O clima de tensão se instalou no clube. O presidente Mário Gobbi prometeu ajudar nas investigações, cedendo informações e imagens à polícia. Mas diversas imagens das câmeras de segurança do CT não foram gravadas. Há uma perícia em andamento.
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- Presume-se que houve uma questão técnica, uma falha. A delegada me relatou que vai fazer uma perícia na máquina. É essa perícia que vai dizer se alguém tentou burlar ou se realmente se confirma a falha técnica - declarou o presidente corintiano.
Por outro lado, estão com a polícia 13 fotos que retratam o que ocorreu depois das agressões e depredações. E algumas imagens de vídeo que não se perderam. Ao todo, o CT tem 22 câmeras de monitoramento. O clube diz que entregou entregou tudo o que tinha. Com base no material, a polícia identificou 20 torcedores e expediu os primeiros mandados de prisão. Eles responderão por diversos crimes, entre eles dano ao patrimônio e formação de quadrilha.
Depois dessa invasão, três jogadores foram embora do Corinthians: o meia Douglas foi para o Vasco, o zagueiro Paulo André seguiu para o Shangai Shenhua, da China, e o atacante Alexandre Pato acabou envolvido numa troca com Jadson e agora é jogador do São Paulo.
Documento de três páginas que o
Corinthians encaminhou ao Ministério
Público após a invasão do CT
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/corinthians/noticia/2014/02/advogado-de-organizada-revela-que-preso-em-oruro-e-um-dos-foragidos.html