Não há gramado ruim, pressão da torcida, nem 3,6 mil metros de altitude que ajudem a superar uma desvantagem de cinco gols. O Bolívar tentou. A torcida boliviana apoiou e lotou o Hernando Siles, em La Paz. Mas a festa, que se encaminhou na semana passada, fica em Boedo, onde os torcedores do San Lorenzo se concentram em Buenos Aires – e no Vaticano, onde o mais ilustre deles, o Papa Francisco, está. O Ciclón foi paciente. E nem precisava, após o 5 a 0 no jogo de ida das semifinais. A derrota por 1 a 0 desta quarta-feira, em La Paz, foi mais do que suficiente para levar o Cuervo à sua primeira final de Libertadores da história.
A tarefa era muito difícil. Nem mesmo o hino “sí, se puede” (sim, se pode), coro comum em vários estádios sul-americanos em momentos de dificuldade, foi escutado no Hernando Siles. O Bolívar dominou a partida. Teve a posse de bola, acertou a trave no início do primeiro tempo, mas fez somente um dos cinco tentos que buscava. Yecerotte, aos 46 minutos da segunda etapa, marcou o único gol do jogo. O San Lorenzo apenas esperou o fim da partida. Fechou-se e se preocupou em não levar o gol. E cumpriu bem a missão para tentar colocar o marco que falta na sua história centenária.
Agora restam dois jogos para que o torcedor ciclón não seja mais alvo de piada dos rivais, que usam a sigla do clube, Casla, para provocá-lo com a alcunha de “Clube Argentino Sin Libertadores”. O San Lorenzo é o único dos grandes do país sem um título da competição. O caminho do time argentino terá o Nacional-PAR pela frente na tentativa de se igualar aos conterrâneos que já levantaram a taça.
O time de Edgardo Bauza, que tenta seu segundo título da competição – foi campeão com a LDU em 2008 –, faz com o Tricolor paraguaio a primeira decisão de Libertadores com os dois piores segundos colocados da fase de grupos. O primeiro confronto contra os paraguaios será na próxima quarta-feira, dia 6, em Assunção. O segundo jogo será em Buenos Aires, dia 13. Na final, o gol fora de casa não é critério de desempate.
Desespero boliviano, paciência argentina
Quando Capdevilla, aos cinco minutos, acertou a trave de Torrico, os bolivianos que lotaram o estádio Hernando Siles se encheram de esperança. Ainda mais porque um minuto antes Tenorio já havia chutado com perigo. Mas a pressão inicial ficou apenas na impressão. O San Lorenzo exercia sua paciência e tranquilidade, impulsionadas pela larga vantagem que conseguiu no primeiro jogo. Troca de passes e boa marcação dos argentinos dificultaram a vida dos bolivianos. O time da casa insistia nos cruzamentos e pouco fez. Callejón e Capdevilla tentavam de longe, mas sem sucesso, e a equipe celeste foi para o intervalo sem nenhum dos cinco gols que precisava.
O segundo tempo começou com o mesmo panorama. Mas o desespero no lado boliviano era maior. Com 20 segundos, Chávez perdeu chance incrível para os donos da casa, que pressionaram durante toda a partida. Os chutes de longe se tornaram na principal arma celeste. Álvares, Arce, Callejón, Capdevilla, Tenorio, quase todo o time tentou. Sem sucesso.
O San Lorenzo era estático e repetia a estratégia da primeira etapa. Nem mesmo o laser e os vários objetos arremessados da torcida boliviana em campo alteraram os hermanos. Aos 46 minutos, Yecerotte, de voleio, fez um belo gol. Mas faltavam mais quatro. E restavam dois minutos. Já era mais do que tarde para os donos da casa. Mas já em tempo para a comemoração do Ciclón, que vai à sua primeira decisão de Libertadores.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/libertadores/noticia/2014/07/um-passo-san-lorenzo-perde-para-o-bolivar-mas-vai-sua-primeira-final.html
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A tarefa era muito difícil. Nem mesmo o hino “sí, se puede” (sim, se pode), coro comum em vários estádios sul-americanos em momentos de dificuldade, foi escutado no Hernando Siles. O Bolívar dominou a partida. Teve a posse de bola, acertou a trave no início do primeiro tempo, mas fez somente um dos cinco tentos que buscava. Yecerotte, aos 46 minutos da segunda etapa, marcou o único gol do jogo. O San Lorenzo apenas esperou o fim da partida. Fechou-se e se preocupou em não levar o gol. E cumpriu bem a missão para tentar colocar o marco que falta na sua história centenária.
Festa argentina: Jogadores do San
Lorenzo comemoram classificação
(Foto: Agência Reuters)
O time de Edgardo Bauza, que tenta seu segundo título da competição – foi campeão com a LDU em 2008 –, faz com o Tricolor paraguaio a primeira decisão de Libertadores com os dois piores segundos colocados da fase de grupos. O primeiro confronto contra os paraguaios será na próxima quarta-feira, dia 6, em Assunção. O segundo jogo será em Buenos Aires, dia 13. Na final, o gol fora de casa não é critério de desempate.
Arce (esq.) foi um dos mais ativos do
Bolívar, massem sucesso
(Foto: Agência Reuters)
Quando Capdevilla, aos cinco minutos, acertou a trave de Torrico, os bolivianos que lotaram o estádio Hernando Siles se encheram de esperança. Ainda mais porque um minuto antes Tenorio já havia chutado com perigo. Mas a pressão inicial ficou apenas na impressão. O San Lorenzo exercia sua paciência e tranquilidade, impulsionadas pela larga vantagem que conseguiu no primeiro jogo. Troca de passes e boa marcação dos argentinos dificultaram a vida dos bolivianos. O time da casa insistia nos cruzamentos e pouco fez. Callejón e Capdevilla tentavam de longe, mas sem sucesso, e a equipe celeste foi para o intervalo sem nenhum dos cinco gols que precisava.
O segundo tempo começou com o mesmo panorama. Mas o desespero no lado boliviano era maior. Com 20 segundos, Chávez perdeu chance incrível para os donos da casa, que pressionaram durante toda a partida. Os chutes de longe se tornaram na principal arma celeste. Álvares, Arce, Callejón, Capdevilla, Tenorio, quase todo o time tentou. Sem sucesso.
O San Lorenzo era estático e repetia a estratégia da primeira etapa. Nem mesmo o laser e os vários objetos arremessados da torcida boliviana em campo alteraram os hermanos. Aos 46 minutos, Yecerotte, de voleio, fez um belo gol. Mas faltavam mais quatro. E restavam dois minutos. Já era mais do que tarde para os donos da casa. Mas já em tempo para a comemoração do Ciclón, que vai à sua primeira decisão de Libertadores.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/libertadores/noticia/2014/07/um-passo-san-lorenzo-perde-para-o-bolivar-mas-vai-sua-primeira-final.html