Brasileiros denunciam o golpe e gritam "Fora Temer" no FSM no Canadá
Uma grande marcha abriu a 12ª edição do Fórum Mundial Social (FSM) na última terça-feira (9) que ocorre pela primeira vez em Montreal, no Canadá. Cerca de 20 mil pessoas, de 120 países, segundo a organização do evento, se reuniram no Parc La Fontaine. Na passeata, os participantes exponham suas bandeiras, de seus países e das causas que foram defender no FSM.
Neste encontro que acontece até o próximo domingo (14), representantes de várias nações debatem a desigualdade social e econômica dos povos com intuito de elaborar alternativas para uma transformação social global.
Com o slogan "Um outro mundo é necessário e possível", representantes das mais diversas entidades ligadas a sociedade civil organizada debatem temas como democracia, desenvolvimento, educação, comunicação, juventude, povos originários, resistência, sustentabilidade, feminismo, direitos humanos, sindicalismo, entre outros.
A delegação brasileira que participa do FSM em Montreal conta com a participação de mais de 30 organizações. A representante da Frente Brasil Popular no evento, Liége Rocha, contou ao Vermelho que o coletivo brasileiro realizará na sexta-feira (12) e no sábado (13) atividades importantes, como o Tribunal Internacional Ética, Legalidade e Democracia que contará com a brasileira Bartiria Costa, presidenta da Confederação Nacional das Associações de Moradores (Conam), como uma das palestrantes da assembleia em defesa da democracia.
Para Líege Rocha, a marcha de abertura foi um importante momento para a os movimentos sociais brasileiros denunciarem o golpe em curso no país e o retrocesso nos direitos da população que têm sido aplicados pelo governo ilegítimo de Temer.
O encontro terá o número de participantes reduzido nesta edição, mas para Liége Rocha que faz parte do movimento feminista no Brasil, o encontro não perderá o seu objetivo. “O Fórum continua sendo um espaço importante de articulação dos movimentos sociais, com uma riquezas de temas debatidos.”
“As mulheres estão presentes debatendo sobre feminismo e democracia, a participação das mulheres nos sindicatos, as mulheres e o desenvolvimento, a democracia na América latina e a resistência desde uma perspectiva feminista”, destacou.
A programação do FSM 2016 inclui atividades auto organizativas, como debates, palestras, reuniões, conferências e atividades culturais, que são distribuídas por 11 locais no centro de Montreal.
Confira toda a programação do evento.