O pênalti não marcado em cima de Eduardo Costa no último lance do clássico tirou a paciência do técnico Gilson Kleina. O comandante do Avaí reclamou do árbitro Wagner Reway e afirmou que a decisão de não assinalar a falta teve influência direta no empate em 1 a 1 com o Figueirense.
Por conta disso, o comandante inclusive pediu que a diretoria do Leão se manifeste junto à CBF. Kleina também lembrou do lance contra o Flamengo, em que o Avaí foi beneficiado, mas citou que isso não abre precedente para erros da arbitragem.
- A gente sai indignado com isso. Um lance crucial, momento sem reação do adversário e eles estava há quatro metros. Ao mesmo tempo que o árbitro dá a falta e auxilia, ele tem que dar pênalti. O clássico nós tentamos jogar e aquele lance do Flamengo ficou no Brasil por uma semana e vamos ser prejudicados por isso? Não pode acontecer. O Avaí está trabalhando para ter ambição, parece que não tempos ambição de chegar. Temos que fazer uma representatividade em cima desse lance da arbitragem. O estádio inteiro viu que foi pênalti e saímos prejudicados – falou o comandante em coletiva.
Com a segunda-feira de folga, o Avaí volta aos trabalhos na terça. Renan e Jéci são desfalques para a partida contra o São Paulo, no Morumbi, no próximo domingo, mas Antonio Carlos retorna e fica à disposição.
Confira a íntegra da entrevista coletiva de Gilson Kleina
Gilson Kleina fala sobre o jogo na Ressacada(Foto: Jamira
Furlani/Avaí FC)
Lance do pênalti não marcado- Foi falado para a gente que se agarrassem na área. Quero ver se eles vão ter dúvida em marcar um pênalti desses no Maracanã, Morumbi. Eu não transfiro a responsabilidade para a arbitragem, mas foi um lance crucial e que simplesmente não quis marcar.
Análise do jogo
- O campo prejudica a equipe que tenta colocar a bola no chão. Tentamos fazer o que trabalhamos e sabíamos que para enfrentar o Figueirense tinha que brigar pela segunda bola, a bola aérea. Corremos, buscamos, tentamos transformar a posse de bola em condições. O Anderson foi feliz com o gol e no segundo tempo tentamos a vitória. Aumentamos a estatura da equipe para que nós pudéssemos viver da bola parada e fizemos um grande jogo. Os jogadores estão de parabéns.
Jogadas aéreas
- Treinamos com o Hugo e o Rômulo, jogadores de velocidade, mas o campo não auxiliava. O Argel depois colocou o Saimon de volante, aumentou a estatura e resolvemos equilibrar nisso. Fomos competentes e quase viramos com a bola parada do Marquinhos.
Ausência do volante Renan
- O Renan é um garoto que não chama só a atenção pelo futebol. Tem a personalidade, entrou no time com mérito da comissão e está fazendo uma Série A que parece não ser a primeira. Não tem uma estatura grande, mas compensa e sabe jogar. Perdemos agora, mas tem o Eduardo Costa, o Adriano, o Claudinei. É a hora do grupo, a oportunidade não tem data. Terça-feira vamos pegar o relatório do São Paulo e ver a fragilidade do adversário para a partida.
Virtude do Avaí no clássico
- Trabalhamos a semana inteira em campo seco e ontem choveu. Não vou reclamar também da natureza. Os jogadores assimilaram os pedidos e sabíamos que o adversário ia usar a bola aérea e nossa virtude foi sempre buscar a vitória. Esse é o sentimento nosso, e a sabedoria dos jogadores foi importante.
Clássico da paz
- Foi exemplar o comportamento dos jogadores. Há o emocional, mas eles sabem que são pais de família e conseguimos passar isso para a arquibancada. Mas no nosso país falta educação e eu compactuo com a torcida mista. Pegar crianças e trazer, independente se torcem para os times de fora, mas conscientizar, essa nova geração pode mudar isso.
- Não tem como não enaltecer o trabalho de todos. Com sete jogos fazer 11 pontos é significativo. Estamos definindo a meta, primeiro objetivo está definido, permanecer. Mas permanecer passa por uma ambição maior. E se a gente se unir, é bom para Santa Catarina. Colocar quatro representantes é difícil e a permanência é complicada. Está todo mundo de parabéns e enquanto jogar coletivamente e respeitar, saber que o coletivo é mais importante que o individual, a equipe passa a ser atrativa. Cada rodada que passa a gente segue tentando pontuar. Sabemos que o primeiro turno é um campeonato e o segundo é totalmente diferente.
Gilson Kleina no banco do Avaí
(Foto: Jamira Furlani/Avaí FC)
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